segunda-feira, 15 de março de 2010

QUESTÕES OBJETIVAS PRIMEIRO REINADO 1822-1831

O PRIMEIRO REINADO 822-1831 1. (Cesgranrio 93) "Usando do direito que a Constituição me concede, declaro que hei de muito voluntariamente abdicado na pessoa de meu mui amado e prezado filho o Sr. D. Pedro de Alcântara. Boa Vista - 7 de abril de 1831, décimo da Independência e do Império - D. Pedro I." Nesses termos, D. Pedro I abdicou ao trono brasileiro no culminar de uma profunda crise, que NÃO se caracterizou por: a) antagonismo entre o Imperador e parte da aristocracia rural brasileira. b) empréstimos externos para cobrir o déficit público gerado, em grande parte, pelo aparelhamento das forças militares. c) aumento do custo de vida, diminuição das exportações e aumento das importações. d) pressão das elites coloniais que queriam o fim do Império e a implantação de uma República nos moldes dos Estados Unidos. e) conflitos entre o Partido Brasileiro e o Partido Português e medo da recolonização. 2. (Cesgranrio 95) A concretização da emancipação política do Brasil, em 1822, foi seguida de divergências entre os diversos setores da sociedade, em torno do projeto constitucional, culminando com o fechamento da Assembléia Constituinte. Assinale a opção que relaciona corretamente os preceitos da Constituição Imperial com as características da sociedade brasileira: a) A autonomia das antigas Capitanias atendia aos interesses das oligarquias agrárias. b) O Poder Moderador conferia ao Imperador a proeminência sobre os demais Poderes. c) A abolição do Padroado, por influência liberal, assegurou ampla liberdade religiosa. d) A abolição progressiva da escravidão, proposta de José Bonifácio, foi uma das principais razões da oposição ao Imperador D. Pedro I. e) A introdução do sufrágio universal permitiu a participação política das camadas populares, provocando rebeliões em várias partes do país. 3. (Cesgranrio 97) A Constituição imperial brasileira, promulgada em 1824, estabeleceu linhas básicas da estrutura e do funcionamento do sistema político imperial tais como o(a): a) equilíbrio dos poderes com o controle constitucional do Imperador e as ordens sociais privilegiadas. b) ampla participação política de todos os cidadãos, com exceção dos escravos. c) laicização do Estado por influência das idéias liberais. d) predominância do poder do imperador sobre todo o sistema através do Poder Moderador. e) autonomia das Províncias e, principalmente, dos Municípios, reconhecendo-se a formação regionalizada do país. 4. (Cesgranrio 98) Assinale a opção que apresenta um fato que caracterizou o processo de reconhecimento da Independência do Brasil pelas principais potências mundiais: a) Reconhecimento pioneiro dos Estados Unidos, impedindo a intervenção da força da Santa Aliança no Brasil. b) Reconhecimento imediato da Inglaterra, interessada exclusivamente no promissor mercado brasileiro. c) Desconfiança dos brasileiros, reforçada após o falecimento de D. João VI, de que o reconhecimento reunificaria os dois reinos. d) Reação das potências européias às ligações privilegiadas com a Áustria, terra natal da Imperatriz. e) Expectativa das potências européias, que aguardavam o reconhecimento de Portugal, fiéis à política internacional traçada a partir do Congresso de Viena. 5. (Fatec 98) O Ato Adicional de 1834 foi de importância significativa para o Brasil porque a) restaurou a paz no Império, tendo em vista o término das rebeliões no Nordeste do País. b) possibilitou a tomada do poder pelos conservadores que formavam a aristocracia rural. c) antecipou a maioridade de D. Pedro I, evitando, assim, um golpe de Estado dos conservadores. d) ampliou a autonomia das províncias, neutralizando a tendência centralizadora do Primeiro Reinado. e) limitou os poderes excessivos das Câmaras Municipais, que poderiam dividir a Nação. 6. (Fatec 2002) O fim do Primeiro Reinado, com a abdicação de D. Pedro I em favor de seu filho, proporcionou condições para a consolidação da independência, pois a) as disputas entre os partidos conservador e liberal representaram diferentes concepções sobre a maneira de organizar a vida econômica da nação. b) a vitória dos exaltados sobre os moderados acabou com as lutas das várias facções políticas existentes. c) o governo de D. Pedro I não passou de um período de transição em que a reação portuguesa, apoiada no absolutismo do imperador, se conservou no poder. d) as rebeliões ocorridas antes da abdicação tinham caráter reivindicatório de classe. e) na Assembléia Constituinte de 1823 as propostas do partido brasileiro tinham o apoio unânime dos deputados. 7. (Fgv 97) No Brasil, durante o Primeiro Império, a situação financeira era precária, pelo fato de que: a) o comércio de importação entrou em colapso com a vinda da Família Real (1808); b) os Estados Unidos faziam concorrência aos nossos produtos, especialmente o açúcar; c) os principais produtos de exportação - açúcar e algodão - não eram suficientes para o equilíbrio da balança comercial do país; d) o capitalismo inglês se recusava a fornecer empréstimos para a agricultura; e) o sistema bancário era praticamente inexistente, só tendo sido fundado o Banco do Brasil em 1850. 8. (Fgv 2000) "A propagação das idéias republicanas, antiportuguesas e federativas (...) ganhou ímpeto com a presença no Recife de Cipriano Barata, vindo da Europa, onde representava a Bahia nas Cortes. É importante ressaltar (...) o papel da imprensa na veiculação de críticas e propostas políticas (...). Os Andradas, que tinham passado para a oposição depois das medidas autoritárias de D. Pedro, lançaram seus ataques através de 'O Tamoio'; Cipriano Barata e Frei Caneca combateram a monarquia centralizada, respectivamente na 'Sentinela da Liberdade' e no 'Íbis Pernambucano'." (Boris Fausto, "História do Brasil") A conjuntura exposta no texto anterior refere-se à emergência da: a) Rebelião Praieira; b) Cabanagem; c) Balaiada; d) Sabinada; e) Confederação do Equador. 9. (Fuvest 91) Ao proclamarem a sua independência, as colônias espanholas da América optaram pelo regime republicano, seguindo o modelo norte-americano. O Brasil optou pelo regime monárquico: a) pela grande popularidade desse sistema de governo entre os brasileiros. b) porque a República traria forçosamente a abolição da escravidão, como ocorrera quando da proclamação da independência dos Estados Unidos. c) como conseqüência do processo político desencadeado pela instalação da corte portuguesa na colônia. d) pelo fascínio que a pompa e o luxo da corte monárquica exerciam sobre os colonos. e) em oposição ao regime republicano português implantado pelas cortes. 10. (Fuvest 95) A organização do Estado brasileiro que se seguiu à Independência resultou no projeto do grupo: a) liberal-conservador, que defendia a monarquia constitucional, a integridade territorial e o regime centralizado. b) maçônico, que pregava a autonomia provincial, o fortalecimento do executivo e a extinção da escravidão. c) liberal-radical, que defendia a convocação de uma Assembléia Constituinte, a igualdade de direitos políticos e a manutenção da estrutura social. d) cortesão, que defendia os interesses recolonizadores, as tradições monárquicas e o liberalismo econômico. e) liberal-democrático, que defendia a soberania popular, o federalismo e a legitimidade monárquica. 11. (Fuvest 98) Podemos afirmar que tanto na Revolução Pernambucana de 1817, quanto na Confederação do Equador de 1824, a) o descontentamento com as barreiras econômicas vigentes foi decisivo para a eclosão dos movimentos. b) os proprietários rurais e os comerciantes monopolistas estavam entre as principais lideranças dos movimentos. c) a proposta de uma república era acompanhada de um forte sentimento antilusitano. d) a abolição imediata da escravidão constituía-se numa de suas principais bandeiras. e) a luta armada ficou restrita ao espaço urbano de Recife, não se espalhando pelo interior. 12. (Fuvest 98) Sobre a dívida pública externa do Brasil independente, é certo afirmar que começou a ser contraída a) nos primeiros anos da República, por iniciativa do Ministro da Fazenda Ruy Barbosa, preocupado com a escassez monetária. b) por ocasião da Guerra do Paraguai, para financiar os enormes gastos decorrentes do conflito. c) logo após a Independência, destinando-se o primeiro empréstimo a indenizar Portugal pela perda da colônia. d) quando se implantaram os primeiros planos de valorização do café, a partir do convênio firmado em Taubaté, em 1906. e) logo após a Revolução de 1930, a fim de se enfrentar o abalo financeiro resultante da crise de 1929. 13. (Fuvest 2000) Houve um estremecimento nas relações entre os Estados inglês e brasileiro, na primeira metade do século XIX, em conseqüência da forte pressão que a Inglaterra exerceu sobre o Brasil a partir do reconhecimento da Independência (1826). Tais pressões decorreram a) da anexação do Uruguai por D. Pedro e da sua transformação em Província Cisplatina, limitando o comércio inglês no Prata. b) da oposição inglesa aos privilégios alfandegários concedidos, desde 1819, aos produtos portugueses importados pelo Brasil. c) dos incentivos do governo brasileiro à exportação de algodão, o que tornava este produto mais barato do que o produzido nas colônias britânicas. d) do início da imigração européia para o Brasil, fato que poderia levar à industrialização e à diminuição das importações de produtos ingleses. e) da oposição do Estado inglês ao tráfico negreiro que o governo brasileiro, depois de resistir, proibiu, em 1850. 14. (Fuvest 2002) No Brasil, tanto no Primeiro Reinado, quanto no período regencial, a) aconteceram reformas políticas que tinham por objetivo a democratização do poder. b) ocorreram embates entre portugueses e brasileiros que chegaram a pôr em perigo a independência. c) disseminaram-se as idéias republicanas até a constituição de um partido político. d) mantiveram-se as mesmas estruturas institucionais do período colonial. e) houve tentativas de separação das províncias que puseram em perigo a unidade nacional. 15. (Mackenzie 96) Relativamente ao Primeiro Reinado, considere as afirmações a seguir. I - A dissolução da Constituinte, o estilo de governo autoritário e a repressão à Confederação do Equador aceleraram o desgaste político de Pedro I. II - O temor de uma provável recolonização, caso fosse restabelecida a união com Portugal, aprofundou os atritos entre brasileiros e portugueses. III - O aumento das exportações agrícolas, a estabilidade da moeda e a redução do endividamento externo foram os pontos favoráveis do governo de Pedro I. IV - A cúpula do exército, descontente com a derrota militar na Guerra Cisplatina, aderiu à revolta, que culminou na Abdicação do Imperador. Então: a) todas estão corretas. b) todas são falsas. c) apenas I e II estão corretas. d) apenas I , II e IV estão corretas. e) apenas III está correta. 16. (Mackenzie 96) A Confederação do Equador, movimento que eclodiu em Pernambuco em julho de 1824, caracterizou-se por: a) ser um movimento contrário às medidas da Corte Portuguesa, que visava favorecer o monopólio do comércio. b) uma oposição a medidas centralizadoras e absolutistas do Primeiro Reinado, sendo um movimento republicano. c) garantir a integridade do território brasileiro e a centralização administrativa. d) ser um movimento contrário à maçonaria, clero e demais associações absolutistas. e) levar seu principal líder, Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, à liderança da Constituinte de 1824. 17. (Mackenzie 96) O episódio conhecido como "A Noite das Garrafadas", briga entre portugueses e brasileiros, relaciona-se com: a) a promulgação da Constituição da Mandioca pela Assembléia Constituinte. b) a instituição da Tarifa Alves Branco, que aumentava as taxas de alfândega, acirrando as disputas entre portugueses e brasileiros. c) o descontentamento da população do Rio de Janeiro contra as medidas saneadoras de Oswaldo Cruz. d) a manifestação dos brasileiros contra os portugueses ligados à sociedade "Colunas do Trono" que apoiavam Dom Pedro I. e) a vinda da Corte Portuguesa e o confisco de propriedades residenciais para alojá-la no Brasil. 18. (Mackenzie 97) "A nação independente continuaria subordinada à economia colonial, passando do domínio português à tutela britânica. A fachada liberal construída pela elite europeizada ocultava a miséria e a escravidão da maioria dos habitantes do país." (Emília V. da Costa) A interpretação correta do texto anterior sobre a independência brasileira seria: a) a nossa independência caracterizou-se pelo processo revolucionário que rompeu socialmente com o passado colonial. b) a preservação da ordem estabelecida, isto é, escravidão, latifúndio e privilégios políticos da elite, seria garantida pelo novo governo republicano. c) a rápida transformação da economia foi comandada pela elite política e econômica interessada na superação da ordem colonial. d) o espírito liberal de nossas elites não impediu que estas mantivessem as estruturas arcaicas da escravidão e do latifúndio, sendo a monarquia a garantia de tais privilégios. e) o rompimento com a dependência inglesa foi inevitável, já que após a independência o governo passou a incentivar o mercado interno e a industrialização. 19. (Mackenzie 98) Apesar do Alvará de Liberdade Industrial de 1808, o desenvolvimento industrial brasileiro não ocorreu, dentre outros fatores, porque: a) a elite agrária, defensora das atividades manufatureiras, não tinha, contudo, expressão política. b) a falta de capital anulava as vantagens da excelente rede de transportes e comunicação da época. c) o tratado de 1810, com a Inglaterra, anulava nosso esforço industrial, já que oferecia a este país o controle de nosso mercado. d) embora com grande mercado e mão-de-obra qualificada, faltava-nos tecnologia. e) a manutenção do rígido monopólio colonial impedia o sucesso de nossa industrialização. 20. (Mackenzie 98) Sobre o processo de reconhecimento externo de nossa independência, podemos afirmar que: a) encontramos séria resistência ao reconhecimento por parte dos E.U.A., em decorrência da Doutrina Monroe. b) a Áustria encabeçava a forte reação contra nossa independência. c) o reconhecimento de Portugal e Inglaterra custou-nos sérios prejuízos, em virtude de indenizações e concessões econômicas. d) as nações latino-americanas prontamente nos reconheceram, devido à forte identificação com o governo imperial e sua política externa. e) a Inglaterra liderou a Santa Aliança na luta contra nossa emancipação. 21. (Mackenzie 98) A abdicação de Pedro I, a 7 de abril de 1831, resultou: a) na vitória do partido português, em seu projeto de restabelecer o Reino Unido. b) na consolidação de nossa independência e do poder dos grandes proprietários, à frente do Estado Brasileiro. c) no declínio da elite rural, em virtude de amplas reformas sociais após a queda do imperador. d) em maior estabilidade política, traço que caracterizou o Período Regencial. e) na superação imediata da crise econômica que afligia o país. 22. (Mackenzie 99) "Morre um liberal mas não morre a liberdade". A frase acima, atribuída a Líbero Badaró, foi pronunciada na seguinte circunstância histórica. a) A dissolução da Constituinte pelo Imperador em 1823. b) As críticas ao absolutismo de Pedro I, através do jornal "O Observador Constitucional". c) A condenação à morte dos líderes da Confederação do Equador. d) A derrota brasileira na Guerra Cisplatina. e) A morte de patriotas brasileiros contra as forças portuguesas do General Madeira de Melo, na Bahia. 23. (Mackenzie 99) Como em 1822, a união contra o perigo comum levou de vencida os adversários. O 7 de abril aparece como o complemento necessário do 7 de setembro. (1822 Dimensões - Carlos Guilherme Mota) O perigo comum a que se refere o texto e a complementação referida seriam: a) a ameaça de recolonização liderada pelo partido português derrotado na Independência e na Abdicação a 7 de abril de 1831. b) a oposição dos grandes proprietários, que na Independência e Abdicação pretendiam liquidar com a escravidão. c) o apoio dos democratas do Partido Brasileiro em ambas as ocasiões à política absolutista de Pedro I. d) a união da Maçonaria e Apostolado para implantar a República nestes dois momentos históricos. e) a coincidência de projeto de nação entre as elites portuguesa e brasileira em ambas as oportunidades. 24. (Mackenzie 2000) Está aí explicação para a originalidade do Brasil na América Latina: manter a unidade e ser durante o século XIX a única monarquia da América. (Caceres - "História do Brasil") Assinale a alternativa que justifica a frase anterior. a) A unidade e a monarquia interessavam à elite proprietária que temia o fim do trabalho escravo e as lutas regionais, daí a independência feita de cima para baixo. b) A forma de governo monárquico fora imposição da Inglaterra para reconhecer nossa independência. c) Os líderes da aristocracia rural eram abolicionistas e republicanos e relutavam em aceitar o governo monárquico. d) O separatismo nunca esteve presente em nossa História, nem na fase colonial e tampouco no império. e) O liberais no Brasil da época não temiam a haitização do país, já que defendiam o fim da escravidão e amplos direitos à população. 25. (Pucmg 99) Dentre os vários fatores que podem ser apontados no sentido de se explicar o descontentamento da população com o governo de D. Pedro I (1822-1931), destacam-se, EXCETO: a) o profundo desequilíbrio observado nas finanças públicas. b) o estilo visivelmente centralista e absolutista do governo. c) o imobilismo do Estado frente à questão da abolição da escravidão. d) o desastroso resultado verificado ao término da guerra cisplatina. e) o clientelismo e a corrupção reinantes nas diversas esferas do poder. 26. (Pucpr 2001) Portugal resistiu à nossa Independência, procurando revertê-la, inclusive pela via das armas. Com respeito à oposição lusitana, quais das alternativas estão corretas? I- O envio ao Brasil, de uma frota que bombardeou o Rio de Janeiro em 1823, sendo rechaçada a seguir. II- A resistência, na Bahia, das tropas do Brigadeiro Madeira de Melo, até 1823. III- A busca de apoio Militar Britânico, por parte de Portugal. IV- A dissolução da Constituinte de 1823 por D. Pedro, de origem portuguesa, e hostilizado pelos deputados. V- Resistência militar portuguesa no Maranhão, Pará, Piauí e Cisplatina. a) I, III e IV. b) II, III e V. c) apenas I e III. d) apenas II e V. e) apenas III e IV. 27. (Pucpr 2001) O estudo da Carta Outorgada de 1824, Ato Adicional de 1834 e Constituição Republicana de 1891 mostra, no Brasil, notável evolução política. Assinale a alternativa correta: a) O Ato Adicional de 1834 atribui às províncias a mesma autonomia estabelecida pela Constituição de 1891. b) Enquanto a Carta Outorgada de 1824 inspirou-se nos Estados Unidos, a Constituição de 1891 baseou-se em modelo europeu. c) A Carta Outorgada de 1824 estabelecia quatro poderes, reduzidos a três na Constituição de 1891, com a supressão do Poder Moderador. d) A Religião Católica Apostólica Romana, oficial no Império, assim continuou na República, com base em artigo específico na Constituição de 1891. e) O Ato Adicional de 1834 transformou a forma de Estado do Brasil de unitária em federativa. 28. (Uerj 97) Que tardamos? A época é esta: Portugal nos insulta; a América nos convida; a Europa nos contempla; o príncipe nos defende. Cidadãos! soltai o grito festivo... Viva o Imperador Constitucional do Brasil, o Senhor D. Pedro I. (Proclamação. Correio Extraordinário do Rio de Janeiro. 21 de setembro de 1822.) Este texto mostra o rompimento total e definitivo com a antiga metrópole como necessário para a construção do Império Brasileiro. Nele também está implícito um dos fatores que contribuíram para o processo de construção da independência do Brasil. Esse fator foi: a) a ajuda das potências européias em função de seus interesses econômicos b) a intransigência das Cortes de Lisboa na aceitação das liberdades brasileiras c) o ideal republicano em consonância com o das antigas colônias espanholas d) o movimento separatista das províncias do norte em processo de união com Portugal 29. (Ufes 96) "Confederação do Equador: Manifesto Revolucionário Brasileiros do Norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós, após uma estúpida condescendência com os Brasileiros do Sul, aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-vos. Que desaforado atrevimento de um europeu no Brasil. Acaso pensará esse estrangeiro ingrato e sem costumes que tem algum direito à Coroa, por descender da casa de Bragança na Europa, de quem já somos independentes de fato e de direito? Não há delírio igual (... )." (Ulysses de Carvalho Brandão. A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR. Pernambuco: Publicações Oficiais, 1924). O texto dos Confederados de 1824 revela um momento de insatisfação política contra a a) extinção do Poder Legislativo pela Constituição de 1824 e sua substituição pelo Poder Moderador. b) mudança do sistema eleitoral na Constituição de 1824, que vedava aos brasileiros o direito de se candidatar ao Parlamento, o que só era possível aos portugueses. c) atitude absolutista de D. Pedro I, ao dissolver a Constituinte de 1823 e outorgar uma Constituição que conferia amplos poderes ao Imperador. d) liberalização do sistema de mão-de-obra nas disposições constitucionais, por pressão do grupo português, que já não detinha o controle das grandes fazendas e da produção de açúcar. e) restrição às vantagens do comércio do açúcar pelo reforço do monopólio português e aumento dos tributos contidos na Carta Constitucional. 30. (Ufes 2001) "Havendo Eu convocado, como tinha direito de convocar, a Assembléia Geral Constituinte e Legislativa, por decreto de 3 de junho do ano próximo passado, a fim de salvar o Brasil dos perigos que lhe estavam iminentes, e havendo a dita Assembléia perjurado ao tão solene juramento que prestou à nação de defender a integridade do Império, sua independência e a minha dinastia: Hei por bem dissolver a mesma Assembléia..." LINHARES, M. Y. "História Geral do Brasil". Rio de Janeiro: Campus, 1996. A passagem acima é parte integrante do Decreto de D.Pedro I, de 12 de novembro de 1823, que mandava cercar e evacuar o prédio no qual estava instalada a primeira Assembléia Constituinte do Brasil. Essa Constituinte foi fechada porque a) defendia a dupla cidadania - Brasil e Portugal - para brasileiros e portugueses residentes no Brasil. b) previa, no projeto da Constituição em pauta, uma monarquia absolutista, na qual o monarca era uma figura inviolável. c) ousou desafiar o projeto de soberania do Imperador, tirando-lhe o direito não só de vetar, mas também de sancionar os atos dos constituintes. d) era dominada pelo Partido Português, que defendia uma Monarquia Parlamentar como Reino Unido a Portugal. e) inseriu no projeto da Constituição o Quarto Poder, o Moderador, que deveria ser exercido pelo Imperador. 31. (Ufrn 2002) Em 1824, D. Pedro I assim se pronunciou: Chegou o momento em que o véu da impostura, com que os demagogos, inimigos do Império e da nossa felicidade, vos têm até agora fascinado, vai cair por terra. Para iludirem vossa boa-fé, inflamarem vossa imaginação a poderem arrastar-vos cegamente a sistemas políticos reprovados pelas lições da experiência, absolutamente incompatíveis com a vossa situação, e em que só eles ganhavam, separando-vos da união geral de todas as províncias, indispensável para a consolidação e segurança da nossa Independência, fizeram-vos crer que uma facção vendida a Portugal dirigia as operações políticas deste Império para submetê-lo ao antigo domínio dos Portugueses e ao despotismo do seu governo. Apud COSTA, F. A. Pereira da. "Anais pernambucanos". 2. ed. Recife: FUNDARPE, 1983. v.9. p.52-53. No discurso acima, o imperador D. Pedro I pronunciou-se sobre a Confederação do Equador. É correto afirmar que essa Confederação a) opunha-se à pretensão de D. Pedro I de unir as coroas portuguesa e brasileira, o que representaria a recolonização do Brasil. b) desejava instalar uma monarquia parlamentarista, estabelecendo limites aos poderes absolutistas de D. Pedro I. c) posicionava-se contra os privilégios portugueses, incluídos por D. Pedro I no projeto constitucional de 1823. d) pretendia implantar uma República independente no Nordeste, contrariando o projeto de unidade nacional centrado em D. Pedro I. 32. (Ufrs 96) Sobre o processo de emancipação política do Brasil em 1822, considere as afirmativas a seguir. I - Para a aristocracia brasileira era fundamental que o governo do Brasil emancipado mantivesse o escravismo e as relações com a Inglaterra. II - Pedro I negou publicamente sua disposição de indenizar Portugal pela separação, mas assinou o compromisso que estabelecia o Tratado de Paz e Aliança. III - O Tratado de Paz com Portugal manteve a Província Cisplatina sob controle português. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III. 33. (Ufrs 98) A partir da gravura a seguir, é possível afirmar que, logo após a emancipação política do Brasil. I - os escravos estavam gratificados porque, desde aquele momento, não podiam ser recomprados pelos comerciantes de escravos e vendidos em outras partes da América. II - a abdicação do primeiro Imperador determinou o fim da escravidão. III - a situação dos escravos permaneceu essencialmente a mesma do período colonial. Quais afirmativas completam corretamente a frase inicial? a) Apenas I b) Apenas II c) Apenas III d) Apenas I e II e) Apenas I e III 34. (Ufsm 99) O tratado assinado entre o Brasil e a Inglaterra, em 1827, ratificava os tratados de 1810. Em decorrência, a crise econômico-financeira do Brasil se aprofundou, gerando conflitos políticos e econômicos que a) promoveram a desanexação da Província de Cisplatina e o aumento da dívida externa brasileira com os Estados Unidos, pois este exportava algodão para o Brasil em grande quantidade. b) propiciaram a outorga da primeira Constituição Brasileira e a criação do Banco do Brasil, com o fim de emitir papel-moeda para comprar charque da região do Prata. c) originaram a Confederação do Equador e o necessário aumento da produção e exportação do açúcar para equilibrar as contas públicas brasileiras. d) determinaram o retorno imediato de D. Pedro I para Portugal e o fim do tráfico negreiro para o Brasil, o que prejudicou a produção do tabaco e o comércio desse produto com a Inglaterra. e) resultaram na abdicação de D. Pedro I e no aumento do déficit público e dos empréstimos externos, ampliando as importações da Grã-Bretanha. 35. (Unesp 94) A respeito da independência do Brasil, pode-se afirmar que: a) consubstanciou os ideais propostos na Confederação do Equador. b) instituiu a monarquia como forma de governo, a partir de amplo movimento popular. c) propôs, a partir das idéias liberais das elites políticas, a extinção do tráfico de escravos, contrariando os interesses da Inglaterra. d) provocou, a partir da Constituição de 1824, profundas transformações na estruturas econômicas e sociais do País. e) implicou na adoção da forma monárquica de governo e preservou os interesses básicos dos proprietários de terras e de escravos. 36. (Unirio 96) As relações do Brasil com a Inglaterra constituíram-se num dos principais problemas da política externa do Império, como se observa no(a): a) apoio da Inglaterra a Portugal, seu tradicional aliado, nas Guerras de Independência. b) conflito decorrente das restrições alfandegárias impostas por D. Pedro I aos ingleses. c) participação dominante de capitais ingleses no financiamento da expansão cafeeira. d) concordância inglesa em relação ao expansionismo imperial na Cisplatina. e) oposição da Inglaterra, país pioneiro no desenvolvimento industrial, ao tráfico negreiro. 37. (Unirio 98) A abdicação do Imperador Pedro I representou a culminância dos diferentes problemas que caracterizam o Primeiro Reinado, a exemplo do(a): a) apoio inglês à política platina do Império. b) apoio das províncias à política do Reino Unido implantando por D. Pedro I, após a morte de D. João VI. c) conflito entre os interesses dos produtores tradicionais de açúcar e os novos produtores de ouro. d) confronto entre os grupos políticos liberais e o governo centralizado e com tendências despóticas de D. Pedro I. e) crescente participação popular nas manifestações políticas, favorecidas pela abolição do tráfico. 38. (Unirio 99) (LAERTE, FOLHA DE SÃO PAULO 06/09/98 TV FOLHA p.4 domingo.) A caricatura anterior nos faz refletir sobre os atos dos governantes e a correspondente falta de participação popular que tem marcado a História do Brasil. No contexto da independência do Brasil, podemos citar como exemplo de exclusão de participação política nos moldes liberais a: a) adesão aos ideais da Confederação do Equador e o voto de cabresto. b) criação de poder Moderador e o voto universal. c) dissolução da Assembléia Constituinte de 1823 e o voto aberto. d) manutenção da escravidão e o voto censitário. e) manutenção do autoritarismo e o voto distrital. 39. (Mackenzie 99) "Verifica-se portanto que o Brasil necessitava da potência mais poderosa do momento para sua afirmação no mundo colonial, também a Inglaterra possuía sólidas razões para o seu reconhecimento (...)" (Carlos Guilherme Mota) O interesse inglês no reconhecimento de nossa independência era determinado: a) pela garantia da manutenção do tráfico escravo, fato que favorecia a Inglaterra. b) pela preservação dos interesses portugueses, representados pelo Reino Unido. c) pelo controle de nosso mercado, configurado posteriormente nos Tratados de 1827. d) pelo apoio brasileiro à política da Santa Aliança. e) pelo interesse na assinatura de tratados de extraterritoriedade, com reciprocidade de direitos para ingleses e brasileiros. 40. (Ufpe 96) A Independência do Brasil despertou interesses conflitantes tanto na área econômica quanto na área política. Qual das alternativas apresenta esses conflitos? a) Os interesses econômicos dos comerciantes portugueses se chocaram com o "liberalismo econômico" praticado pelos brasileiros e subordinado à hegemonia da Inglaterra. b) A possibilidade de uma sociedade baseada na igualdade e na liberdade levou a jovem nação a abolir a escravidão. c) As colônias espanholas tornaram-se independentes dentro do mesmo modelo brasileiro: monarquia absolutista. d) A Guerra da Independência dividiu as províncias brasileiras entre o "partido português" e o "partido brasileiro", levando as Províncias do Grão-Pará, Maranhão, Bahia e Cisplatina a apoiarem, por unanimidade, a Independência. e) Os republicanos, os monarquistas constitucionalistas e os absolutistas lutaram lado a lado pela Independência, não deixando que as suas diferenças dificultassem o processo revolucionário. GABARITO 1. [D] 2. [B] 3. [D] 4. [E] 5. [D] 6. [C] 7. [C] 8. [E] 9. [C] 10. [A] 11. [C] 12. [C] 13. [E] 14. [E] 15. [D] 16. [B] 17. [D] 18. [D] 19. [C] 20. [C] 21. [B] 22. [B] 23. [A] 24. [A] 25. [C] 26. [D] 27. [C] 28. [B] 29. [C] 30. [C] 31. [D] 32. [D] 33. [C] 34. [E] 35. [E] 36. [E] 37. [D] 38. [D] 39. [C] 40. [A]

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